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Homem tido como morto luta para provar que está vivo em SP

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Mensagem por Bruno Qui Jan 29, 2009 2:49 pm

Homem tido como morto luta para provar que está vivo em SP 0,,17232151-FMMP,00
Foto: Joao Clara/Agência O Globo



Copeiro mostra cópia da certidão de óbito com os
dados dele (Foto: João Clara/Agência O Globo)





O copeiro Paulo Cezar dos Santos, de 41 anos, tenta provar há
cinco meses que está vivo. Um erro supostamente do hospital onde
ele passava por um tratamento fez com que um corpo fosse
enterrado no Cemitério da Vila Rio, em Guarulhos, na Grande São
Paulo, com os dados do copeiro. “Estou vivo, mas ao mesmo tempo
morto e enterrado”, afirma.

Santos passava por um tratamento desde 2006 no
Hospital Padre Bento, em Guarulhos, após ser atingido por três
tiros no rosto durante uma tentativa de assalto. Ao voltar ao
hospital para marcar uma consulta, em agosto do ano passado, ele
teve uma surpresa. Na ficha, constava que ele estava morto. “Ela
[a funcionária] puxou meus dados no computador e encontrou meu
prontuário como morto”, conta o copeiro.

O homem diz que recebeu a promessa de que tudo
seria resolvido. No dia 30 de agosto, ele conta ter ido até uma
agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para
retirar um benefício, mas ele já constava como morto e teve o
pagamento cancelado. Em um cartório, descobriu que havia sido
“enterrado” no Cemitério da Vila Rio.

“Fui até o cemitério e um funcionário me deu o
número do meu túmulo, era o 35. Foi uma coisa ridícula você
estar vivo e se encontrar nessa situação. Tirei uma foto e
voltei”, contou. O copeiro diz que não havia nenhuma lápide que
identificasse o morto, apenas o registro na administração do
cemitério. A data da morte, segundo ele, foi 7 de agosto de
2008.

O hospital diz que, na época dessa morte,
encaminhou o corpo ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO)
porque o paciente “não possuía documentos”. “Por um equívoco,
que está sendo apurado internamente, o corpo foi encaminhado com
os dados de um paciente vivo”, diz uma nota divulgada pelo
hospital sobre o caso.

A direção do hospital afirma ainda que,
identificado o problema, “comunicou o fato ao SVO, ao IML
(Instituto Médico-Legal), ao cartório onde a certidão de óbito
foi emitida e à Procuradoria Geral do Estado”. O hospital
completa que “recebeu o paciente Paulo Cezar dos Santos e seu
advogado para explicar o que estava ocorrendo e as providências
que tinha adotado para auxiliar na resolução do caso”.





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Homem tido como morto luta para provar que está vivo em SP 0,,17232687-FMMP,00
Foto: João Clara/Agência O Globo




Paulo Santos se emociona ao falar sobre a própria
morte (Foto: João Clara/Agência O Globo)







Em relação ao tratamento do paciente vivo, o hospital garante que
o atendimento médico a ele ocorre normalmente. “Sua última
consulta foi em 6 de janeiro, quando foram prescritos
medicamentos para tratar uma infecção. Posteriormente o paciente
será avaliado pela equipe médica para a realização de uma cirurgia.”


Ação judicial

O advogado que representa o copeiro, Ademar Gomes, diz que será
necessária uma ação judicial para que o erro seja retificado.
“Vamos promover uma ação civil para restabelecer o direito dele
de cidadão e provar na Justiça que ele está vivo”, afirmou ao
G1. A segunda etapa, segundo ele, é solicitar
ao INSS que o benefício volte a ser pago.

Paulo Santos diz que os R$ 520 que recebia de
auxílio-doença eram a única renda que tinha para sustentar as
duas filhas, de 8 e 10 anos. “Um homem sem documentos deixa de
ser cidadão. Eu não tenho saúde para um trabalho normal e não
tenho como comprar mais os meus remédios”, lamentou o copeiro.

O advogado adianta que pedirá uma indenização por
danos morais e materiais. Um dos motivos apontados por ele é que
a história provocou constrangimentos às filhas do copeiro. Uma
delas chorava muito, segundo o advogado, quando os amigos diziam
que ela era filha de um “morto-vivo”. “Virou motivo de gozação”,
completa Santos.
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